sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O último rei da África

Enquanto isso, no miserável reino da Suazilândia, que embora você não saiba é um país da África - o último que ainda sustenta a monarquia absolutista - o rei Mswati 3º, que tem 40 anos e governa desde os 18, tem provocado indignação entre a meia dúzia de pessoas que tem alguma consciência de que algo provavelmente está errado. O monarca - que já usou dinheiro público para comprar aviões particulares, palácios, iates e carros de luxo - tem 13 esposas, que esta semana foram às compras na Europa e no Oriente Médio à bordo de um avião fretado, pago com o dinheiro que estes poucos cidadãos reivindicantes protestam como sendo verba que deveria ser usada na compra de medicamentos antiretrovirais, já que 40% de sua população está contaminada pelo vírus da Aids.




Basta uma pesquisa rápida para descobrir
A Suazilândia, que foi colônia do Reino Unido de 1888 a 1935, tem importantes depósitos minerais de carvão, florestas e terras férteis. As minas, usinas de processamento e lavouras lucrativas pertencem a europeus, e dois terços dos suazis são lavradores e mineiros que trabalham para estes europeus, portanto, a única coisa que mudou é que agora tem o rei que torra dinheiro público pra aparecer no jornal e nos entreter.É por aí.

2 comentários:

Raoni disse...

“Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles índios e pretos supliciados. Todos nós brasileiros somos a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sofrida que somos e a gente insensível e brutal que também somos.”

“A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista. Ela é a que incandesce, ainda hoje, em tanta autoridade brasileira predisposta a torturar, seviciar e machucar os pobres que lhe caem as mãos. Ela, porém, provocando crescente indignação nos dará forças, amanhã, para conter os possessos e criar aqui uma sociedade solidária.”

Darcy Ribeiro

Remo Trajano disse...

É por aí